quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A desmontagem dos tabuados (3º dia) - uma arte efémera que teimamos em preservar

E, pronto, já não há tabuados. Há lixo....
Esta manhã, enquanto arrancavam os últimos madeiros do chão, o Alexandrino Reganha, um dos mestres dos tabuados, dizia ".. dá pena ver isto assim! Tanto trabalho, para quatro dias!..." 
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Tem razão o Alexandrino. Quem passa por esta praça no dia-a-dia, ou pelos tabuados durante os dias de fêra, não imagina a labuta de uma dezena de trabalhadores (mestres nesta arte), primeiro na construção e depois para desmanchar/desmontar. Foram 10 dias intensos, de labor e de muito trabalho, mas também de paciência, de paixão e de dedicação para perpetuação duma obra de arte efémera, cujo início (ou origem) perdemos na memória, mas que os barranquenhos teimamos em preservar.
Desmontagem dos tabuados, parte da manhã.
Praça sem tabuados, por volta das 13h00.
No meio da praça, resta ainda a areia e o lixo, que serão removidos amanhã, bem cedo.
Fotos: eB, 04-09-2014

4 comentários:

Maria disse...

É verdade sim dá pena para apenas 4 dias, os tabuados é umas das coisas mais bonitas da Fêra, eu vinda de fora e pela altura da feira e ver os tabuados é uma alegria que me dá!
Que nunca se acabe esta tradição

Anónimo disse...

Os Tabuados é uma das coisas que devia ser mantida por mais dias, é uma arte, e um orgulho enorme

Anónimo disse...

É sem dúvida, um bom tema em debate, para por em cima da mesa e porque não, tentar elevar o mesmo(tabuados) a património imaterial da cultura de um povo, ficando o mesmo disponivel para visitas culturais organizadas, num determinado prazo(por exemplo 2semanas depois da feira).
Fica aqui apenas uma deixa, para não deixarmos morrer as poucas tradições que nos restam, e encararmos este pretexto como uma forma de atrair mais turistas á nossa terra, olhando como uma mais valia para o comércio local.

Anónimo disse...

Tem razão sim senhora o Sr. Alexandrino, dá muita pena mesmo, podiam ficar mais uns dias, parece que dá outra vida a vila