segunda-feira, 21 de julho de 2014

Barrancos esteve presente na homenagem de Encinasola aos republicanos fusilados pelos franquistas

António Tereno, presidente da câmara municipal, esteve presente, em representação do Povo de Barrancos, na cerimónia de homenagem aos cinco republicanos marochos fuzilados pelos franquistas há 78 anos, que se encontravam numa fossa comum do cemitério, organizada ontem pelo Ayuntamiento local, com a presença de autoridades regionais.
António Tereno, 1º da esquerda, entre a autoridades locais e regionais. Encinasola. Foto: Europa Press
Recorda-se que entre os marochos fuzilados, que curiosamente estão fora da lista de homenageados, ao contrário do que aqui tínhamos avançado, estão André Acosta Delgado e Saturnino Torres Garcia, ambos detidos pela PIDE em Barrancos, onde se encontravam refugiados, sendo depois entregues às tropas franquistas, em 16 de agosto de 1936.
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Contudo, conforme refere Manuel Tapada Pérez, autor de Guerra y Pós-Guerra en Encinasola (1999),  são 33 as vitimas da repressão franquista, naturais de Encinasola: 10 em Huelva, nove em Encinasola, seis em Sevilla, duas em Zalamea, duas em Badajoz (Andrés Acosta Delgado e Saturnino Torres García a 16-08-1936), uma em Aznalcóllar, um em Valdelarco, um em Rosal de la Frontera  e um em Santa Olalla. Francisco Espinosa, autor de La Guerra Civil en Huelva (1996) identifica as vitimas de Encinasola, entre as quais encontramos os cinco republicanos homenageados, ontem dia 20 de Julho.
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António Castro Pérez, 60 anos, jornaleiro e Manuel Delgado Pérez, 25 anos, comerciante (fuzilados a 21-09-1936). Andrés Vázquez Ochoa, 28 anos (fuzilado a 24-09-1936). José Manuel Hermoso Ripoll, 33 anos, jornaleiro e Eusebio Vázquez López (fuzilados a 26-09-1936), Diego Álvarez Márquez, 33 anos, jornaleiro, José Dominguez Pérez, 48 anos, carpinteiro e Nemesio García Prados, 32 anos, jornaleiro (fuzilados a 30-09-1936). Miguel Vázquez Márquez, 54 anos (fuzilado a 15-12-1936). Manuel Rodríguez Domínguez , 37 anos, viúvo de Elisa Santos Mesurado (suicidou-se a 2-08-1937, cortando as veias do braço) (pág. 594). António Molina Vázquez, 35 anos, mecânico (maio de 1945) e José María Ríos Sanchez, 44 anos (Julho de 1945) (pág 681).
Foto: Marochos en la red

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