sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Festas de Barrancos 2013 - a corrida de touros do dia 30

Tarde quente, 32ºC, às 17h30, hora de subir ao tabuado, para ocupar um dos lugares adquiridos há cerca de 15 dias.
Às 18h10, já os tabuados estão praticamente lotados e a arena da praça cheia de gente, quando entra a banda de música. Entra a tocar, de frente para a sociedade do Ricos, continua a tocar virado para a CGD, e termina tocando virado para o tabuado, para onde vai subir.
Na portada, já os matadores Jose Mª Lazaro e Eugenio Martin "El Mani", esperam há algum tempo, que a Comissão de Festas, desta vez acompanhada da "nova", faça o passeilho.
Às 18h30, sai o primeiro, para José Mª Lázaro, que se porta bem, até à estocada final, errada, mas certeira. Apesar de tudo, levou duas orelhas. Foi demais. Uma, já chegava. Enfim, somos uns mãos largas...
Recolhido o animal pela parelha de mulas, desta vez bem assessoradas, pelo Tó L., levanta-se o Bruno Rodrigues, trompetista e manda sair o segundo. Aberta a porta, surpreende-se com barulho e dá uma pirueta, saindo de frente.
Na arena, depois de alguma indecisão sobre a localização, recebe-o Eugenio Martins, El Mani, para dois os três passes e a faena muda de tércio. Continuou e, com musica e aplausos, que ele próprio pedia, colocou as melhores bandarilhas desta temporada em Barrancos. Estava contente. Mas depressa mudaria o semblante...
Nas faenas finais, deixa-se tocar por um corno, que lhe rasga a calça. Na praça, um miúdo, surpreendido, dizia que o "torero tinha collants". À medida que se aproximava do resultado, notava-se a mudança de cor:  encarnada tinha a cara; branca estava no início.
Mesmo aconselhado, falhou na concretização. Depois, os nervos não o deixavam pensar e queria ser rápido. Não foi. Esteve mal. A praça esperava muito dele. Não correspondeu. Lázaro saiu triunfador.
A corrida estava concluída perto das 7h20 e pouco depois começava a cerimónia da "entrega da festa à nova comissão". Como? Não sabia? Não se lembrava desta parte? Explico: as duas comissões, a nova à frente da velha, fazem uma espécie de percorrido pelas principais ruas da Vila, com a banda filarmónica atrás, a tocar e animar. No final do percurso, que costumava ser no Cantaré (pelo menos assim foi em 1991, quando este letrista foi festêro), mas também já foi no hotel e na sociedade dos Rapazes, para-se para uma bebida e um petisco oferecido pelos novos festêros a todos os intervenientes. Com este ritual, a comissão velha passa o testemunho à Comissão nova. Assim foi hoje, assim tem sido sempre ao longos dos anos. E por que hoje, se amanhã ainda há festa? Explicação: por que dantes, pelos menos até há uns 50 anos, a fera de Barrancos tinha apenas três dia. Terminava hoje! Aos poucos, foram acrescentando um dia, o 31 e ultimamente dois, o 32, e por vezes 3, o 33! A "entrega da festa" essa não mudou. Continua a ser dia 30
Primeiro touro. José Maria Lazaro. Foto: eB, 30-08-2013
Segundo touro, para El Mani. Foto: eB, 30-08-2013

A entrega da festa. Foto: eB, 30-08-2013

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