segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Biblioteca de Barrancos recorda Alves Redol

A Biblioteca de Barrancos está a recordar, desde mês inícios de Novembro, o escritor Alves Redol, por ocasião do 100º aniversário do seu nascimento. O destaque ao autor de "Barranco de Cegos", irá prolongar-se até finais de dezembro.
António Alves Redol (Vila Franca de Xira, 29 de Dezembro de 1911 – Lisboa, 29 de Novembro de 1969), foi um escritor considerado como um dos expoentes máximos do neo-realismo português.
Cedo começou a trabalhar, dada a natureza modesta da sua família. Parte para Angola, aos 16 anos, procurando melhores condições de vida, regressando a Portugal três anos depois. Junta-se ao Movimento de Unidade Democrática (MUD), que se opunha ao regime do Estado Novo, e filia-se no Partido Comunista, escrevendo artigos no jornal O Diabo.
Introduziu o neo-realismo em Portugal com o romance Gaibéus (1939), nome dado aos camponeses da Beira que iam fazer a ceifa do arroz ao Ribatejo, em meados do século XX. Daí em diante a sua obra revela uma grande preocupação social,  sendo motivo  de censura e de perseguição política, movida pelo regime de Salazar aos oposicionistas, e mormente aos simpatizantes do PCP, como era o caso. Chegou mesmo a ser preso e  torturado na prisão pela polícia política.
O seu último romance, Barranco de Cegos, de 1962, considerado obra-prima, afirma uma nova fase de escrita em que a intervenção política e social é posta em segundo plano, centrando-se nas personagens e na sua evolução psicológica, de cariz existencial.
- Gaibéus (1939)
- Marés (livro) (1941)
- Avieiros (1942)
- Fanga (1943)
- Os Reinegros (1945)
- Anúncio
- Porto Manso (1946)
- Ciclo Portwine (composto de três romances: Horizonte Cerrado (1949), Os Homens e as Sombras (1951) e Vindima de Sangue (1953) )
- Olhos de Água (1954)
- A Barca dos Sete Lemes (1958)
- Uma Fenda na Muralha (1959)
- Barranco de Cegos (1962)
- A vida Mágica da Sementinha
- Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos
Fonte: Biblioteca de Barrancos
Emílio Domingues, Arlete Caldeira e Andrea Rúbio, durante uma das iniciativas
pedagógicas da Biblioteca de Barrancos (Foto: BB)

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